No Brasil, os eventos catastróficos desencadeados pelas mudanças climáticas, como as enchentes, inundações, a seca, a fumaça e o calor extremo têm ocorrido com mais frequência. E têm ficado cada dia mais evidente que os impactos mais severos recaem sobre comunidades predominantemente não brancas e economicamente menos favorecidas.
Visivelmente, as mudanças climáticas não são meramente conceitos abstratos e futuristas, elas estão aí, e têm gerado impactos desproporcionais e profundos na vida de pessoas negras, ribeirinhas, quilombolas, indígenas e tantos outros diversos grupos e comunidades tradicionais.
Eis o Racismo ambiental!
O conceito de racismo ambiental sugere que as pessoas mais afetadas por esses eventos têm, em sua maioria, o mesmo gênero e raça. Outro aspecto comum do racismo ambiental é a ausência de representatividade desses grupos nas tomadas de decisões. Seja nos grupos de discussão, comitês, e fóruns, seja no planejamento de políticas públicas.
É crucial que sejam incorporadas a perspectiva e demandas destes grupos de forma integral e pertencente ao processo.
Que neste dia da Consciência Negra, nos recordemos Zumbi dos Palmares, símbolo maior da resistência e luta dos negros contra a escravidão. Que nos lembremos sempre que a busca por Justiça Ambiental e Climática está diretamente associada à busca por justiça racial.
Comentários